Na era do stream, os fãs não pagam por cada música, e os grandes serviços não pagam por stream. Por isso, não acreditamos que uma “taxa por stream” seja interessante. Todos os serviços de stream pagam basicamente da mesma forma: cerca de dois terços da receita das músicas é paga aos detentores de direitos com base na cota por número de streams.
Então, se todos os serviços pagam da mesma forma, por que o pagamento por stream em média é diferente em cada plataforma?
O cálculo é simples: o pagamento total ÷ total de streams = “taxa por stream”.
Então, se os usuários de um serviço não ouvirem tanta música, a “taxa por stream” será maior. Mas o problema é que mais streams significa que as pessoas gostam do produto e vão continuar pagando pela música (e gerar streams e dinheiro para mais artistas). Se a pessoa ouve poucas faixas, tem menos chances de continuar com a assinatura Premium, o que significa menos dinheiro para os artistas.
O Spotify oferece o serviço mais interessante, em que os usuários ouvem mais músicas a cada mês. Por isso, conseguimos aumentar a base de assinantes e ter o maior número total de pagamentos até agora: mais de US$ 10 bilhões em 2024, 10 vezes mais do que uma década atrás. Todos no setor querem mais streams por usuário, não o contrário.
Criar um serviço que incentiva as pessoas a ouvirem mais música a cada mês diminui a eficácia da “taxa por stream” no Spotify, mas aumenta o total de pagamentos. Acreditamos que os artistas prefiram ter pagamentos maiores do que “taxa por stream”.