As respostas para suas perguntas

Sabemos que você tem muitas dúvidas sobre a economia do streaming de música e queremos esclarecer tudo. Aqui, respondemos às perguntas que recebemos com mais frequência dos artistas. Vamos continuar aumentando a lista sempre que surgirem novas dúvidas.

Por que o Spotify criou o Loud & Clear? Como isso ajuda os artistas?

Dúvidas sobre o pagamento dos artistas por streaming existem há mais de uma década. Desde o lançamento deste site em 2021, nosso objetivo é oferecer uma base importante para possibilitar conversas construtivas e mais clareza e transparência à comunidade artística. Ao compartilhar mais informações, queremos tirar dúvidas e oferecer recursos úteis sobre a indústria do streaming atual e o papel do Spotify nela. Atualmente, o Spotify é o único serviço de streaming que disponibiliza dados tão detalhados sobre royalties, e esperamos que outras partes do setor também comecem a fazer o mesmo.

Quais são as novidades do Loud & Clear este ano?

Em 19 de março de 2024, atualizamos o Loud & Clear com informações novas:

  • Acrescentamos os dados sobre royalties de 2023.
  • Publicamos uma nova lista de 10 principais aprendizados no topo do site para resumir todos os dados.
  • Acrescentamos mais detalhes à seção Geração de receita ao longo dos anos.
  • Acrescentamos novos vídeos “How They Made It” destacando histórias de artistas.
  • Atualizamos a seção Recursos adicionais com guias de parceiros e relatórios.

A indústria da música não era melhor antes do streaming?

O Spotify tem um papel fundamental na formação de uma indústria musical mais saudável. Ele funciona como uma espécie de rádio e uma loja de discos juntas, mas sem as limitações delas.

Nas rádios, os artistas podem alcançar vários ouvintes, mas o espaço para músicas é limitado, o que dificulta a entrada dos artistas na programação. Além disso, em alguns mercados, nem todos os artistas recebem quando a música vai ao ar.

Eles lucram quando seus álbuns são vendidos por um preço alto em uma loja. Mas essas vendas, físicas ou online, não arrecadam dinheiro de todas as pessoas que curtem o artista, só daquelas que estão dispostas a pagar para baixar as faixas ou comprar o CD. E temos novamente um problema de espaço: nem todos os artistas podem ter seu CD ou vinil nas prateleiras de uma loja física.

O Spotify resolve esses desafios com o streaming. Com ele, os fãs não só podem escutar seus artistas favoritos zilhões de vezes, mas também descobrir novas músicas ou redescobrir clássicos. Além disso, geramos receita tanto dos ouvintes que pagam pelo Spotify Premium quanto de anunciantes que patrocinam nosso serviço grátis. (Temos bem mais que 200 milhões de usuários Premium, e mais de 60% dos que assinam pela primeira vez começam no Spotify Free e depois fazem o upgrade.)

Com base em nossa análise dos dados da RIAA, na era do CD, a indústria musical privilegiava as superestrelas duas vezes mais que hoje. No auge da era do CD, cerca de 25% das vendas de álbuns nos EUA correspondiam aos 50 principais artistas do mercado. Em 2023, só 13% dos streamings do Spotify nos EUA eram de músicas desses 50 artistas. Isso mostra que as oportunidades de receita agora não estão restritas às superestrelas.

Quando lançamos o Spotify em 2008, a indústria fonográfica mundial estava devastada pela pirataria, em uma queda vertiginosa desde o pico de mais de US$ 24 bilhões em 1999 até o ponto mais baixo do setor em 2014, quando a receita das vendas físicas e digitais combinadas foi de US$ 14 bilhões.

Desde então, o streaming permitiu o renascimento da indústria musical. O Spotify já pagou cerca de US$ 48 bilhões a detentores de direitos autorais de músicas.

Considerando o crescimento do total de royalties pagos e o número cada vez maior de artistas que conseguem alcançar o sucesso graças ao streaming, acreditamos que o futuro para os artistas e suas carreiras é incrivelmente promissor. O relatório de 2024 da IFPI* mostra que a indústria mundial da música em 2023 ultrapassou oficialmente seu pico em 1999, gerando US$ 28,6 bilhões de receita.

*Todas as declarações neste site atribuíveis à IFPI representam a interpretação do Spotify dos dados, pesquisas, opiniões ou pontos de vista publicados como parte do Global Music Report da IFPI de março de 2024, e não foram revisadas pela IFPI. Cada publicação da IFPI se refere à sua data original de publicação e não à data deste relatório (25 de março de 2024).

O streaming só ajuda as estrelas da música?

Não. O streaming mudou o ecossistema da indústria, reduzindo as barreiras para os músicos e democratizando o acesso à música para ouvintes em todo o globo. Os artistas não precisam mais de um orçamento enorme para criar, distribuir e compartilhar a arte deles com o mundo.

Hoje, muito mais artistas estão participando do sucesso da economia musical do que no auge da era do CD, quando cerca de 25% das vendas de álbuns nos EUA correspondiam aos 50 principais artistas do mercado. No Spotify em 2023, só 13% dos streamings nos EUA foram para esses artistas. Isso significa que as oportunidades de receita agora não estão só restritas às superestrelas.

Vemos que os royalties do Spotify estão impulsionando artistas em todos os momentos da carreira. Em 2023, 66 mil artistas geraram mais de US$ 10 mil (em 2017, eram 23.400). E as carreiras não só começam, como crescem no Spotify: dos 23.400 artistas que geraram mais de US$ 10 mil em 2017, quase a metade gerou mais de US$ 50 mil em 2023, e provavelmente US$ 200 mil somando todas as fontes de renda. 

Do outro lado do espectro, mais de 80% do artistas que geraram US$ 1 milhão no Spotify em 2023 não tiveram uma música no Top 50 da parada diária de músicas mais ouvidas do Spotify. Na era do streaming, as paradas não são suficientes para contemplar tantos artistas. Os gostos dos fãs são bem mais diversificados, e o fundo de royalties é cada vez maior (mais de US$ 9 bilhões!), o que significa que mais artistas têm acesso a receitas mais altas. E muitos deles não são superfamosos nem precisaram de um “hit” para ter um ano lucrativo.

Tá, mas só os artistas de alguns mercados estão ganhando?

Sabemos que o streaming reduziu as barreiras para os músicos. Mas o impacto global no sustento desses artistas está cada vez mais claro. Dos 66 mil artistas que geraram pelo menos US$ 10 mil no Spotify em 2023, mais da metade são de países onde o inglês não é o idioma oficial. Artistas que antes não conseguiam espaço estão encontrando seu público, e a indústria musical de hoje representa melhor a diversidade do mundo em que a gente vive.

Milhões de artistas têm perfis no Spotify, mas apenas uma pequena parcela está ganhando dinheiro. A porcentagem não deveria ser maior, já que existem 10 milhões de artistas na plataforma?

Nossa missão é criar oportunidades para artistas emergentes e profissionais se sustentarem com o próprio trabalho. Cada artista é único, e o sucesso não significa a mesma coisa para todos eles.

Mais de 10 milhões de pessoas já enviaram alguma música para o Spotify. Mas, assim como enviar um ou dois vídeos no YouTube não significa vontade de se tornar profissional, lançar algumas músicas no Spotify não é o mesmo que seguir uma carreira na música. Por exemplo, das 10 milhões de pessoas que distribuíram músicas para o Spotify, 8 milhões delas lançaram menos de 10 faixas até hoje. Muitos desses artistas provavelmente estão no começo da jornada, consideram isso como um hobby ou não estão usando o streaming como parte da estratégia de carreira.

Estimamos que existam cerca de 225 mil artistas emergentes ou profissionais em todo o mundo. Os dados do Spotify mostram isso: 235 mil artistas já lançaram pelo menos 10 músicas até hoje (ou seja, têm um portfólio para gerar receita) e contam com pelo menos 10 mil ouvintes mensais em média (conseguiram conquistar um público). Também notamos essa tendência analisando nossas integrações com o Bandsintown, Ticketmaster e vários outros parceiros de ingressos de shows presenciais e virtuais: 210 mil artistas anunciaram algum evento virtual, show presencial ou apresentação em 2023, o que demonstra atividades comerciais fora do streaming.

Esses dados sugerem entre 210 mil e 235 mil artistas. Devido à margem de erro na nossa metodologia, consideramos 225 mil como uma estimativa razoável. Mas é claro, reconhecemos que é difícil supor as intenções profissionais dos artistas apenas por dados.

Com base nessa estimativa, é possível calcular que mais de um quarto (29%) dos artistas profissionais ou aspirantes geraram US$ 10 mil em 2023 só no Spotify e, provavelmente, US$ 40 mil com todas as outras fontes de receita.

Ouvi falar que o Spotify paga uma fração de centavo por streaming. Isso é verdade?

Na era do streaming, os fãs não pagam por música. Por isso, acreditamos que uma taxa “por streaming” não oferece valores significativos para analisarmos. Assim como qualquer outro grande serviço de streaming, o Spotify paga royalties com base na participação de um artista nos streamings gerais da plataforma. Isso é o que chamamos de “cota por streamings”. 

O foco do Spotify está em maximizar o número total de pagamentos que podemos fazer a detentores de direitos, ou seja, aqueles que pagam os artistas e compositores. Acreditamos que os dados neste site demonstram nosso progresso. Nossos valores pagos são muito maiores do que qualquer outro serviço de streaming. Na verdade, o Spotify atingiu em 2023 o recorde de maior pagamento à indústria da música: mais de US$ 9 bilhões. Esse número quase triplicou nos últimos sete anos e representa uma grande parte dos mais de US$ 48 bilhões que o Spotify pagou desde sua fundação.

E nossos incentivos estão alinhados aos artistas: quanto mais receita geramos, mais pagamentos eles recebem. Assim como nos maiores serviços de streaming, cerca de dois terços de cada dólar volta para os detentores de direitos dos artistas e compositores.

Ainda assim, entendemos que é útil para os artistas calcular uma taxa “por streaming” efetiva, dividindo o tamanho total do fundo de royalties do Spotify pelo número total de streamings de músicas na plataforma. Falamos mais sobre isso na pergunta “Por que o valor por streaming parece ser mais baixo no Spotify que em outros serviços?” nesta página.

Nosso modelo gera mais engajamento dos fãs e receita de mais lugares. Isso significa mais pagamentos do Spotify para os detentores de direitos. É por isso que pagamos mais do que qualquer outro serviço. Fazemos algumas escolhas que reduzem a “taxa por streaming”, mas acreditamos que assim maximizamos a receita total, gerando o máximo de dinheiro possível para os detentores de direitos e seus respectivos artistas e compositores.

Se um artista tem milhões de streamings, por que ele não ganha mais?

O Spotify está no mercado há mais de 15 anos. Hoje, temos mais de 600 milhões de ouvintes e mais streamings mensais do que nunca, o que significa que a atividade na plataforma está crescendo exponencialmente. 

E os pagamentos dos serviços de streaming são baseados em uma cota por streamings, e não em uma taxa por streaming.

O Spotify faz pagamentos aos detentores de direitos todo mês. No entanto, nosso app mostra os streamings totais em vez de quantas vezes uma música foi tocada em um determinado ano ou mês. É por isso que esses números de streamings totais não estão correlacionados ao pagamento mensal que um artista recebe dos detentores de direitos. 

Graças à popularidade do streaming e ao aumento do engajamento por usuário, o significado de “1 milhão de streamings” mudou ao longo dos anos: muitas faixas estão atingindo essa marca, e com mais frequência do que você imagina. Na verdade, 1.120.000 músicas já ultrapassaram 1 milhão de streamings e 329 mil chegaram a esse número só em 2023, em comparação com 281 mil músicas em 2022. 550 músicas atingiram 1 bilhão de streamings no final de 2023. Para ter uma noção melhor do ecossistema do Spotify, você pode brincar com a ferramenta interativa do site, que reflete os dados até dezembro de 2023.

Por que o valor por streaming parece ser mais baixo no Spotify que em outros serviços desse tipo?

Na era do streaming, os ouvintes não pagam por cada música, e os grandes serviços não pagam por streaming. Por isso, não acreditamos que uma “taxa por streaming” seja interessante. Ainda assim, entendemos que é útil para os artistas poder calcular uma “taxa por streaming” efetiva ou, em outras palavras, uma proporção de receita por streamings, dividindo o tamanho total do fundo de royalties do Spotify (o numerador) pelo número total de streamings de músicas (o denominador). Esses dois números vêm crescendo muito rápido a cada ano.

Existem vários fatores que contribuem para que essa taxa pareça pequena, e entendemos que isso parece problemático. Mas nós não vemos dessa forma e acreditamos que nosso modelo maximiza a receita para todos.

Existem 3 decisões empresariais que nós tomamos para maximizar as receitas dos detentores de direitos. Mesmo que essas decisões diminuam a taxa efetiva por streaming no Spotify, acreditamos que os artistas prefiram ter pagamentos maiores.

Muitos streamings por ouvinte:  em média, os assinantes do Spotify ouvem mais música por mês que em outros serviços. Isso significa mais pessoas descobrindo mais artistas, mais oportunidades de aprofundar o engajamento com os ouvintes e mais chances de conquistar novos fãs, que compram ingressos para shows e merchandise. Esse engajamento, assim como os milhões de novos assinantes do Spotify a cada mês, afeta  o denominador da taxa de receita por streamings.

Maior público global: o Spotify é mais famoso em países onde os preços são mais baixos, o que faz com que nossa taxa de receita por streamings pareça menor em comparação com serviços não focados nesses mercados. Oferecer um preço acessível aos ouvintes é a melhor forma de gerar receita nesses lugares, que não teriam sido conquistados se o valor da assinatura fosse mais caro. Crescer nesses territórios aumenta a receita total da indústria e dos artistas, além do fundo de royalties para os detentores de direitos. Isso afeta o numerador da taxa.

Plano com anúncios: ao contrário de muitos dos nossos concorrentes, o Spotify oferece um serviço de assinatura Premium e um plano gratuito com anúncios. Por isso, não é justo comparar a taxa de receita por streamings do Spotify com os concorrentes que oferecem apenas assinaturas pagas. O serviço com anúncios não gera tanta receita por usuário quanto o plano Premium, mas fizemos vários testes que mostram um resultado consistente: quando eliminamos o serviço gratuito, os ouvintes recorrem a alternativas que não geram receita, ou seja, a indústria musical como um todo estaria perdendo lucros. O relatório de 2024 da IFPI descobriu que a receita com streaming financiada por anúncios aumentou 10% (chegando a US$ 5,3 bilhões) em 2023 em todo o setor, um valor que superou os lucros gerados com a venda de formatos físicos. Isso também impacta o numerador do cálculo. Vale notar que a oferta de um serviço com anúncios também é uma das estratégias mais eficazes para levar os ouvintes a fazer uma assinatura paga: praticamente 60% das pessoas que assinam pela primeira vez começam no Spotify Free e depois fazem upgrade. Isso mostra, mais uma vez, como estamos maximizando a receita para todos.

Como os artistas e compositores recebem o pagamento?

O Spotify não faz pagamentos diretamente para os artistas e compositores. 

O Spotify gera dinheiro com música de duas maneiras: com os assinantes do Spotify Premium e com os anunciantes do Spotify Free. Cerca de dois terços desse dinheiro vai para os detentores dos direitos das músicas pelo que chamamos de “fundo de royalties”.

O Spotify distribui esses royalties de acordo com a cota por streamings de cada detentor de direitos na plataforma. Esse dinheiro não é dividido com base em um valor fixo por streaming, porque os assinantes do Premium não pagam por streaming, e sim para ter acesso ao plano. 

Para entender melhor, assista aos vídeos: Como o dinheiro flui e Como o dinheiro flui (edição editorial).

Por que o Spotify não cobra mais dos ouvintes?

O Spotify convenceu as pessoas a pagarem um valor fixo mensal para ouvir música, evitando que elas recorram à pirataria. O custo de uma assinatura tem um impacto no orçamento de muitos. Precisamos ter cuidado ao subir preços, porque não queremos que as pessoas voltem a consumir pirataria ou soluções não monetizadas. Na verdade, um adulto comum atualmente gasta quase o dobro com música em comparação com o auge da era do CD em 1999, e hoje, milhões de pessoas a mais fazem esse investimento. 

Dito isso, estamos sempre avaliando nossos preços em cada país para poder continuar inovando mesmo com as mudanças do mercado e, recentemente, reajustamos os valores dos diferentes planos de assinatura Premium em alguns deles. Como o Spotify e os detentores de direitos dos artistas levam uma parte do mesmo montante, nossos objetivos estão totalmente alinhados: todos queremos gerar o máximo de receita possível dos ouvintes e dos anunciantes.

A receita dos artistas não deveria ser muito maior do que os números que vocês estão apresentando?

Nossa prioridade é aumentar o valor total que o Spotify paga aos detentores de direitos dos artistas e compositores. Por isso, os dados neste site refletem apenas uma fonte de receita: royalties do Spotify. Esperamos que as taxas de crescimento que mostramos aqui se mantenham. Por exemplo, o número de artistas que geraram mais de US$ 100 mil por ano cresceu 170% de 2017 a 2023. E os royalties do Spotify estão impulsionando artistas em todos os momentos da carreira. Em 2023, 66 mil artistas geraram mais de US$ 10 mil (em 2017, eles eram apenas 23.400). 11.600 geraram mais de US$ 100 mil (em comparação com 4.300 em 2017). E 1.250 artistas geraram mais de US$ 1 milhão (um salto em relação aos 460 de 2017).

Vale lembrar que o Spotify é apenas um dos muitos serviços de streaming de música do mercado, representando mais de 20% de toda a receita global. Isso significa que você pode multiplicar por 4 os lucros mostrados no Loud & Clear para fazer uma estimativa de quanto cada artista pode gerar com todas as fontes de receita.

Os números neste site também não incluem a receita gerada com turnês, merchandise e outras fontes. Além disso, o Spotify pode ter um efeito multiplicador: as bases de fãs construídas na nossa plataforma podem gerar renda para artistas e suas equipes dessas outras formas.

Vocês dizem que basta multiplicar por quatro os royalties de um artista no Spotify para fazer uma estimativa da receita total de música. Isso é verdade mesmo?

A maioria dos dados mostrados no Loud & Clear é voltada apenas à receita gerada pelos artistas só no Spotify. Para ter uma ideia mais geral de quanto um artista pode ter gerado com todas as fontes de receita, temos 3 caminhos:

Streaming (3x): o Spotify representa cerca de um terço da receita global gerada por todos os serviços de streaming. A proporção de receita de um artista pode variar de acordo com o gênero musical, o público e as estratégias de marketing desse indivíduo. No entanto, basta multiplicar por 3 os royalties do Spotify para fazer uma estimativa de quanto um artista pode ter gerado com todos os serviços de streaming. Portanto, com uma receita de US$ 100 mil no Spotify, um artista pode ter gerado US$ 300 mil em streamings gerais.

Receita de gravações (4x): com base nos dados da IFPI, o Spotify é responsável por mais de 25% da receita global de gravações musicais. A receita com gravações musicais é todo o dinheiro gerado pelo próprio mercado fonográfico, incluindo streaming, vendas físicas (CD e vinil), licenças de sincronização, direitos autorais de execução pública e downloads digitais. Novamente, a proporção de receita do Spotify para um artista pode variar. No entanto, em média, basta multiplicar por 4 os royalties do Spotify para fazer uma estimativa de quanto um artista pode ter gerado com todas as fontes de receita global com gravações musicais. Portanto, com um valor de US$ 100 mil no Spotify, um artista pode ter gerado US$ 400 mil de receita total em gravações.

Receita total: os números deste site também não incluem os fluxos de receita não relacionada a gravações musicais, como shows, merchandise, patrocínios de marca e muito mais. Esses fluxos complementam a receita com gravações musicais e podem variar de tamanho.

Como o Spotify pretende cumprir essa missão?

Primeiro, o streaming já é a principal fonte de receita da indústria fonográfica. Nossa intenção é continuar fazendo o streaming crescer ainda mais ao aprimorar nosso serviço, expandir para novos mercados e atrair mais ouvintes e anunciantes. Em 2023, só a receita com streaming (em todos os serviços) foi maior do que os lucros da indústria inteira com todos os formatos de música gravada considerando cada ano entre 2003 e 2019. Nossos incentivos estão alinhados: ganhamos dinheiro quando a indústria musical ganha dinheiro. E nossa receita vem crescendo rapidamente: em 2023, o Spotify foi responsável por mais de 25% de toda receita gerada por gravações musicais, um salto em relação a menos de 15% em 2017.

Segundo, investimos uma parte significativa da receita que o Spotify arrecada na criação de ferramentas, recursos e oportunidades para artistas, compositores e toda a indústria da música. Isso inclui investimentos em personalização, playlists e apoio editorial e de marketing, dentro e fora da plataforma. Nosso objetivo é ajudar o setor a aproveitar todo o potencial do Spotify, incentivar descobertas e aumentar as bases de fãs. Assim, a indústria ganha mais não só com o Spotify, mas também com a venda de merchandise, licenças de sincronização, ingressos etc.

Como é calculada a cota por número de streamings?

Calculamos a cota por streamings mensalmente em cada país onde operamos somando o número de vezes que as músicas de um detentor de direitos específico foi ouvida e dividindo o resultado pelo número total de streamings nesse mercado.

Por exemplo, se um artista no Spotify teve 1 em cada 1.000 streamings no México, o detentor de direitos ou a distribuidora receberá um dólar de cada US$ 1.000 pago do fundo de royalties mexicano. O valor total do fundo de royalties de cada país é baseado na receita obtida com assinaturas e anúncios em cada mercado.

Um modelo centrado no usuário não seria mais justo?

Até o momento, estamos considerando uma pesquisa que sugere que a adoção do modelo de pagamentos centrado no usuário não beneficiaria os artistas como muitos acreditavam. Um estudo do National Music Centre (CNM) demonstrou que a mudança resultaria em “no máximo alguns euros por ano em média” para artistas fora do top 10 mil. Confira essa pesquisa aqui e um bom resumo dela aqui.

Estamos dispostos a mudar para o modelo centrado no usuário se essa for a vontade dos artistas, compositores e detentores de direitos. No entanto, o Spotify não pode tomar essa decisão sozinho. É preciso que se chegue a um consenso na indústria.

Tenho lido sobre artistas e compositores que estão vendendo seus catálogos para empresas de investimento. Por que isso está acontecendo?

O valor dos catálogos de músicas nunca foi tão alto como é hoje. Devido ao streaming, a música agora tem um enorme potencial de gerar lucros além do lançamento ou venda inicial. Isso significa a geração de boas receitas anuais até mesmo para artistas e compositores que estão há uma ou duas décadas sem lançar material novo e ainda têm uma grande base de fãs.

Os valores cada vez maiores dos catálogos de artistas e compositores são outro sinal importante de otimismo para o futuro do mercado da música. 

Como o Spotify calcula os pagamentos neste site? Por que não focar no valor que os artistas e compositores recebem de fato?

Adoraríamos informar quanto dinheiro cada artista e compositor recebe pelo seu desempenho no Spotify, mas não temos acesso aos acordos que eles firmaram com seus detentores de direitos. Só podemos compartilhar os dados disponíveis para nós, ou seja, a quantia gerada no Spotify.

Por isso, os dados neste site refletem os royalties de gravação e composição gerados  para os detentores de direitos. Relatamos quanto cada artista no Spotify arrecadou pelo catálogo completo deles em cada ano.

O Spotify não paga os artistas e compositores diretamente, e sim os detentores de direitos que eles escolhem – seja uma gravadora, produtora, distribuidora independente, organização de direitos autorais de execução pública ou instituição de arrecadação. Para entender melhor, assista aos vídeos: Como o dinheiro flui e Como o dinheiro flui (edição editorial).

Como faço para aumentar meu público e ter sucesso no Spotify?

Queremos que o Spotify seja o melhor lugar para que os artistas e suas equipes aumentem a base de fãs em qualquer fase das suas carreiras. Por isso, estamos criando novas ferramentas para os mais de 1 milhão de artistas que usam o Spotify for Artists todos os meses. Se quiser conhecer os recursos do Spotify for Artists, clique aqui. Não deixe de conferir estes e outros recursos para conquistar novos fãs: estatísticas, criação de playlists, Campaign Kit, Canvas, Curtas, Merchandise, Escolha do artista, Cartões promocionais, Songwriter Pages, nossa Central de compositores, Made to Be Found, Área de foco, Fan Study e muito mais.

Se quiser umas dicas, dê uma olhada nas práticas recomendadas para divulgação e engajamento e no guia sobre como se preparar para seu lançamento

Quanto dinheiro fica para o Spotify?

A cota do Spotify é de aproximadamente um terço da receita gerada com assinaturas pagas e anúncios do serviço grátis. 

Isso não é novidade. Revendedores sempre cobraram uma comissão pelos seus serviços, que costumava ser ainda maior. Por exemplo, perto do auge da era do CD, a loja ficava com 35% a 40% do valor de cada CD ou cassete vendido.

Nós investimos nossa cota na criação de ferramentas e serviços para artistas. Assim, mantemos um produto de qualidade para os ouvintes e atraímos mais usuários para aumentar a receita. Os investimentos incluem desde armazenamento em nuvem e taxas de cartão de crédito até atualizações de produtos, novas tecnologias e elaboração de playlists. Com esse dinheiro, também desenvolvemos novas maneiras para os fãs interagirem com sua música e criamos ferramentas e recursos para orientar você durante o processo.

Como posso contextualizar os números de streaming no meu mercado de origem?

A seção Números de streaming contextualizados deste site mostra valores globais para simplificar as informações. Mas, se você quiser ter uma boa ideia da contagem de streamings da sua localidade, confira as Paradas do Spotify locais. Você verá que a quantidade de streamings necessária para entrar nas paradas pode variar bastante em diferentes territórios mundialmente. Por exemplo, na Malásia e na Bulgária, esse número pode ser bem diferente da Austrália e do México. Além disso, no Spotify for Artists, os artistas podem ver os dados de localização geográfica dos ouvintes deles (por cidade e país) na guia “Público” dos painéis.

Tenho lido muito sobre streaming artificial e ruído em serviços de streaming. Como isso afeta o fundo de royalties do Spotify?

À medida que os pagamentos feitos pelo Spotify à indústria musical aumentam (mais de US$ 48 bilhões até o momento, e esse número não para de crescer), queremos ter certeza de que esse dinheiro está alcançando as pessoas que nossa plataforma sempre planejou ajudar: artistas profissionais e em ascensão. 

Mas como o catálogo e o fundo de royalties do Spotify aumentaram, três pontos específicos no fundo de royalties atingiram um ponto crítico. Por isso, estamos trabalhando de perto com parceiros da indústria – distribuidoras de artistas, gravadoras independentes, gravadoras grandes, distribuidoras de gravadoras e artistas e suas equipes – para apresentar novas políticas que (1) impeçam ainda mais a prática de streaming artificial, (2) distribuam melhor pequenos pagamentos que não chegam aos artistas e (3) controlem quem tenta manipular o sistema. Embora cada uma dessas questões afete apenas uma pequena parcela do total de streamings, lidar com elas agora significa que podemos gerar aproximadamente US$ 1 bilhão a mais em receitas para artistas profissionais e em ascensão nos próximos cinco anos. 

Leia mais sobre as novas políticas aqui

Por que as músicas com menos de mil streamings anuais não recebem mais royalties de gravação no Spotify?

Em novembro de 2023, anunciamos um conjunto de novas políticas de royalties para o início de 2024 com o objetivo de direcionar mais US$ 1 bilhão para artistas emergentes e profissionais nos próximos cinco anos.

Uma das novas políticas é que faixas que não tiveram pelo menos mil streamings no ano anterior não poderão mais gerar royalties de gravação no Spotify. O Spotify não vai ganhar mais dinheiro nesse modelo, e a política não afeta o tamanho do fundo de royalties que pagamos.

Essa política se aplica às milhões de faixas no Spotify que geram, em média, apenas US$ 0,03 por mês. No total, essas faixas com menos de mil streamings por ano representam 0,5% do total de streamings (e, portanto, 0,5% do fundo de royalties). Com o tamanho atual do fundo de royalties do Spotify (mais de US$ 9 bilhões só em 2023), 0,5% é uma quantia substancial, por volta de US$ 40 milhões.

Criamos essa política para garantir que os artistas emergentes e profissionais, que são o foco da nossa plataforma, recebam o máximo possível. Como as gravadoras e distribuidoras precisam de um valor mínimo para sacar (geralmente de US$ 2 a US$ 50 por saque), e os bancos cobram uma taxa pela transação (geralmente de US$ 1 a US$ 20 por saque), esse dinheiro muitas vezes não chega a quem enviou as músicas. E, muitas vezes, esses pequenos pagamentos são esquecidos.

Acreditamos que usar essas dezenas de milhões de dólares anuais para aumentar os pagamentos de quem mais depende das receitas de streaming é mais impactante do que distribuir o valor em pequenos pagamentos que quase nunca chegam ao artista (já que não atingem o valor mínimo para saque das distribuidoras). De todos os streamings, 99,5% são de músicas com pelo menos mil streamings anuais, e cada uma dessas faixas vai ganhar mais com essa política.