Não. O streaming mudou o ecossistema da indústria, reduzindo as barreiras para os músicos e democratizando o acesso à música para ouvintes em todo o globo. Os artistas não precisam mais de um orçamento enorme para criar, distribuir e compartilhar a arte deles com o mundo.
Hoje, muito mais artistas estão participando do sucesso da economia musical do que no auge da era do CD, quando cerca de 25% das vendas de álbuns nos EUA correspondiam aos 50 principais artistas do mercado. No Spotify em 2023, só 13% dos streamings nos EUA foram para esses artistas. Isso significa que as oportunidades de receita agora não estão só restritas às superestrelas.
Vemos que os royalties do Spotify estão impulsionando artistas em todos os momentos da carreira. Em 2023, 66 mil artistas geraram mais de US$ 10 mil (em 2017, eram 23.400). E as carreiras não só começam, como crescem no Spotify: dos 23.400 artistas que geraram mais de US$ 10 mil em 2017, quase a metade gerou mais de US$ 50 mil em 2023, e provavelmente US$ 200 mil somando todas as fontes de renda.
Do outro lado do espectro, mais de 80% do artistas que geraram US$ 1 milhão no Spotify em 2023 não tiveram uma música no Top 50 da parada diária de músicas mais ouvidas do Spotify. Na era do streaming, as paradas não são suficientes para contemplar tantos artistas. Os gostos dos fãs são bem mais diversificados, e o fundo de royalties é cada vez maior (mais de US$ 9 bilhões!), o que significa que mais artistas têm acesso a receitas mais altas. E muitos deles não são superfamosos nem precisaram de um “hit” para ter um ano lucrativo.